quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Plano de Aula Ativid 2.6

Ministério da Educação - MEC
   Secretaria de Estado de Educação do Estado de Minas Gerais
       Secretaria Municipal de Educação
NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL MG7 - PROINFO / MEC


Plano de Aula


Tema: 
Uso Pedagógico de Mídias na Escola: Vantagens e Desvantagens no Ensino da Matemática

Conteúdo:
        Quatro Operações

Objetivo Geral:
            Resgatatar a  auto-estima do aluno desenvolvendo seu interesse pela matemática e aperfeiçoando suas habilidades com cálculos e raciocínio lógico.



Objetivos Especificos:
                   Desenvolver o interesse pela matemática
                   Desenvolver o raciocinio logico dos alunos
                   Resgatatar a auto estima
                   adicionar e subtrair números naturais.


Metodologia:
                   Ação 1: Diagnóstico da Turma
                   Ação 2: Formação dos grupos de estudo
                   Ação 3: Seleção de atividades para cada grupo
                   Ação 4: Socialização dos grupos e turmas
                   Ação 5: Realização das atividades e trabalhos
                   Ação 6: Exposição e avaliação                   


Recursos Didáticos:
                  Laboratório de Informatica
                  computadores
                  Software livre TuxMath
                  Papel Sulfite
                
Avaliação:
               Processual e continua
               Observação, Participação e Interação dos alunos.

Atividade 2.7 - Relato de Experiência

 Ministério da Educação - MEC
   Secretaria de Estado de Educação do Estado de Minas Gerais
       Secretaria Municipal de Educação
NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL MG7 - PROINFO / MEC


Uso Pedagógico de Mídias na Escola: Vantagens e Desvantagens no Ensino da Matemática
                                                 Cursista: Leonardo Gonçalves Oliveira
                                                 Orientadora: Maria de Lurdes Matos


São João da Ponte –MG
Agosto - 2011
Relatos de Experiência

1- Planejamento

O trabalho de identificação e observação das vantagens e desvantagens do uso dos computadores e softwares livres no ensino da matemática, foi elaborado numa Escola Municipal da Zona Rural do Município de São João da Ponte -MG para atender uma turma única do 5º ano do ensino fundamental , teve inicio no  1º semestre de 2011 , por volta dos meses de março, abril, maio e junho , porém a sua execução só ocorreu nos meses de maio e junho.
A elaboração partiu da minha iniciativa como  cursista do curso Ensinando e Aprendendo com as Tic’s, contando com a participação  dos colegas professores de matemática e os das series iniciais , além do apoio da direção  e dos pais que incentivaram e compartilharam do desenvolvimento das atividades práticas .
Este trabalho foi desenvolvido para atender os 32 alunos do 5º ano do ensino fundamental, alunos estes que apresentam diferentes características socioculturais e econômicas, onde a maioria são de classe econômica baixa, e possuem pouco conhecimento de mundo, principalmente no que si diz , informática , pois a comunidade e desprovida de tais recursos existindo somente o laboratório da escola onde através deste trabalho puderam ter acesso.Pois segundo José A. Valente ( NIED-UNICAMP e CED-PUCSP)

“... Quando o aluno interage com o computador passando informação para a máquina se estabelece um ciclo - descrição-execução-reflexão-depuração-descrição - que é o propulsor do processo de construção do conhecimento...” Valente ( 2003, p. 01 à 03)

As atividades foram planejadas a partir da seleção de softwares livres para o ensino da matemática, comparando-os com os métodos utilizados no ensino tradicional, escolhendo os melhores e traçando meios para o seu uso pedagógico.
Para isso foram realizadas algumas etapas que chamamos de ações:

Ação 1: Diagnóstico da Turma

Descrição: A turma foi Diagnosticada e todos os alunos, classificados de acordo  os níveis de dificuldades e interesse pela disciplina e os conteúdos relacionados com a série.
Tempo previsto: 1 semana ( 05 dias )
Atores envolvidos: Alunos, professor regente e professores de outras disciplinas.

Ação 2: Formação dos grupos de estudo

Descrição: Formamos grupos, de acordo o diagnóstico, organizando de acordo grau de dificuldades, participação e interesse pelos conteúdos matemáticos. Tempo previsto: 2 semanas ( 10 dias)
Atores envolvidos: Alunos, professor regente e professores de outras disciplinas.

Ação 3: Seleção de atividades para cada grupo

Descrição:
·         Relacionamos as quatro operações com situações cotidianas, propondo pesquisa e anotações; na comunidade e na INTERNET. Realizando as atividades no laboratório da escola utilizando os softwares livres já instalados e outros que adquirimos na internet e na escola. Para isso realizamos as seguintes tarefas:
·         Problematizamos as 04 operações , contextualizando com o cotidiano dos alunos
·         Montamos oficinas de matemática para troca de experiência e fixação das quatro operações;
·         Promovemos gincanas de matemática; onde os alunos puderam mostrar não só seus conhecimentos e habilidades com a matemática e o computadores , mas também exporem seu espírito de trabalho em grupo, colaboração e competitividade.
Tempo previsto: 1 semana ( 05 dias )
Atores envolvidos: Alunos, professor regente e professores de outras disciplinas.

Ação 4: Socialização dos grupos e turmas

Descrição: Promovemos debates entre os grupos para que definissem suas estratégias para organização e realização das atividades propostas. Expondo vídeos sobre o assuntos e as entrevistas e atividades realizadas.
Tempo previsto: 1 semana ( 05 dias )
Atores envolvidos: Alunos, professor regente e professores de outras disciplinas.
Ação 5: Realização das atividades e trabalhos

Descrição:
·         Registramos, comparamos e expomos trabalhos e  resultados dos avanços da turma;
·         Abordamos os conteúdos sempre relacionados com o cotidiano
·         Propomos sempre atividades orais, de interpretação que desenvolva o raciocínio lógico e o cálculo numérico.
·         Desenvolvemos outras atividades lúdicas usando as quatro operações; de forma concreta e prática, usando calculadora e computador
Tempo previsto: 2 semanas ( 10 dias )
Atores envolvidos: Alunos, professor regente e professores de outras disciplinas.

Ação 6: Exposição e avaliação

Descrição: Fizemos simulado, teste de sondagem e avaliações para amostragem semanalmente
Tempo previsto: 1 semana (  05 dias )
Atores envolvidos: Alunos, professor regente e professores de outras disciplinas.

2- Execução

Iniciamos nosso trabalho no primeiro semestre de 2011 fazendo o diagnóstico de todos os alunos da turma que totalizavam em 32 alunos, classificando os níveis de dificuldades e interesse pela disciplina e os conteúdos relacionados com a série através de questionários e testes orais e escritos.
Após analisar e organizar os dados coletados formamos grupos de estudo de acordo o grau de dificuldades, participação e interesse pelos conteúdos matemáticos. Sendo que no primeiro momento os grupos foram homogêneos, ou seja, com o mesmo perfil, para facilitar o diagnóstico do uso dos recursos e aplicativos, e para verificar o interesse que ambos iriam despertar, porém nas atividades subseqüentes os grupos foram heterogêneos para facilitar o trabalho coletivo e o desenvolvimento do espírito colaborativo.
Depois dos grupos formados selecionamos as atividades para cada grupo, sendo estas atividades voltadas para as quatro operações interdisciplinarizadas com situações cotidianas. Para isso utilizamos diferentes softwares livres voltados para o ensino da matemática, que acompanham o Linux nos computadores do laboratório da escola. 
Para fortalecer o trabalho em grupo realizamos dinâmicas de socialização dos grupos e da turma em geral, promovendo debates entre os grupos para que construam definam suas estratégias para organização e realização das atividades propostas.
Ao longo da realização das atividades foram registrados, comparados e expostos os trabalhos e resultados dos avanços da turma, através de planilhas do Excel e Gráficos do mesmo e do Power Point, ambos softwares pagos. Sendo está uma oportunidade para mostrar a importância dos dois Onde os mesmos realizaram vários cálculos e solucionaram diferentes problemas, através dos computadores e softwares livres, percebendo até um desenvolvimento do raciocínio lógico e o cálculo numérico oral.
Como resultados obtiveram que a maioria dos alunos começaram a se interessar pelos conteúdos matemáticos, vendo eles como mais um desafio que pode ser resolvido utilizando diferentes recursos inclusive os computadores e softwares, que além de ser uma atividade prazerosa, ainda auxilia no desenvolvimento de outras habilidades.

3 – Resultados Observados

Pudemos observar a interação dos grupos, de forma que trabalharam juntos, compartilhando informações e cientes das atividades a serem realizadas.
Com isso, conseguimos criar um diagnóstico geral da turma, especificando n° de alunos e suas respectivas características diante do ensino da matemática e do uso dos computadores e softwares livres. Estando estas equipes prontas para realização de diferentes atividades matemáticas da forma tradicional e usando os recursos tecnológicos. Onde os mesmos demonstraram satisfação em relação as atividades e os recursos utilizados. Mesmo sendo essas atividades apresentadas com grau crescente de dificuldades e com variedades de recursos disponíveis para o uso.
No final, as Atividades e os trabalhos dos alunos foram avaliados pelos demais professores da escola e por outros alunos, além da divulgação e exposição das mesmas no espaço escolar.



4 - Reflexões sobre o relato

O objetivo deste trabalho consistiu no resgate da auto-estima do aluno desenvolvendo seu interesse pela matemática e aperfeiçoando suas habilidades com cálculos e raciocínio lógico, através do uso de recursos tecnológicos (computadores e softwares livres) para ensinar matemática, onde os mesmos possam ver na educação uma esperança para o futuro, uma parceira no seu dia-dia capaz de proporcionar soluções lúdicas para problemas e cálculos. Pois segundo Seymour Papert ( 1980 ).

“...a construção do conhecimento que acontece quando o aluno constrói um objeto de seu interesse, como uma obra de arte, um relato de experiência ou um programa de computador. Na noção de construcionismo de Papert, existem duas idéias que contribuem para que esse tipo de construção do conhecimento seja diferente do construtivismo de Piaget. Primeiro o aprendiz constrói alguma coisa ou seja, é o aprendizado por meio do fazer, do "colocar a mão na massa". Segundo, o fato de o aprendiz estar construindo algo do seu interesse e para o qual ele está bastante motivado. O envolvimento afetivo torna a aprendizagem mais significativa. Papert ( 1980 , p. 19 )

Todos os participantes apresentaram mudanças significativas no seu desempenho escolar tanto em relação às aulas de matemática, quanto no seu comportamento e relacionamento, pois se auto disciplinaram a partir do momento que viram e realizaram a aplicação de conceitos em atividades práticas e lúdicas, sendo uma oportunidade para crescer na vida.

5- CONCLUSÃO

Este foi um relato de experiência sobre o “Uso Pedagógico de Mídias na Escola: Vantagens e Desvantagens no Ensino da Matemática” sendo as atividades , observações e relatos , desenvolvidos numa turma do 5° ano do Ensino Fundamental de uma Escola Pública Municipal, situada na Zona Rural do Município de São João da Ponte - MG.
Gostaria de concluir este relato contando sobre as idéias que motivaram a realização deste trabalho, os momentos mais importantes e os resultados satisfatórios na aprendizagem matemática.
Minha proposta foi trabalhar com computadores e softwares livres visando identificar a eficácia dos softwares livres no ensino de matemática no 5° ano do ensino fundamental. Onde os mesmos têm dificuldades em aprendizagem e pouco interesse pela disciplina.
Para realizar este trabalho montei grupos de acordo diagnóstico inicial realizado através de atividades orais, escritas, lúdicas, entrevistas e questionários. Sendo estes grupos organizados de forma estratégica a fim de favorecer a socialização e o espírito colaborativo. Por outro lado, segundo José A. Valente ( NIED-UNICAMP e CED-PUCSP)

“... o uso do computador na criação de ambientes de aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento apresenta enormes desafios. Primeiro, implica em entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento. Segundo, requer a análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender, bem como demanda rever o papel do professor nesse contexto. Terceiro, a formação desse professor envolve muito mais do que prover o professor com conhecimentos sobre computadores. O preparo do professor não pode ser uma simples oportunidade para passar informações, mas deve propiciar a vivência de uma experiência. É o contexto da escola, a prática dos professores e a presença dos seus alunos que determinam o que deve ser abordado nos curso de formação. Assim o processo de formação deve oferecer condições para o professor construir conhecimento sobre as técnicas computacionais e entender por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica.
Além disso, a mudança na escola envolve muito mais do que formar o professor. Mudanças na formação deste profissional não podem ser vistas como único fator desencadeador de mudança na escola como um todo. Outros aspectos também devem ser revistos, tais como: a forma como o currículo afeta o desempenho do professor e a maneira como a gestão escolar interfere na sala de aula. É necessário que os elementos atuantes na escola - alunos, professores, administradores e pais - sejam capazes de superar barreiras de ordem pessoal, administrativa e pedagógica, com o objetivo de ultrapassar uma visão fragmentada de ensino a fim de alcançar uma concepção interdisciplinar voltada para o desenvolvimento de projetos específicos de interesse dos alunos e da comunidade. Além disso, a escola deve criar condições para que o aluno saiba recontextualizar o aprendizado, integrar a experiência vivenciada na sua formação com a sua realidade de vida, compreendendo suas potencialidades e compatibilizando-as com os objetivos profissionais que pretende alcançar...” Valente ( 2003, p. 01 à 03)

Com este trabalho conseguimos muito mais do que o interesse dos alunos pela matemática e o desenvolvimento das suas habilidades com os cálculos, eles passaram a ver a educação com outros olhos. Vendo na informática uma oportunidade de aquisição de novos saberes, pois através deste trabalho estavam sendo incluídos digitalmente na sociedade que para eles só existia na cidade ou na televisão.

Bibliografia

PAPERT, Seymour M. Mindstorms: Children, Computers, and Powerful Ideas.
New York: Basic Books, 1980.
VALENTE, José Armando. O uso inteligente do computador na educação. Revista Pátio, ano I, nº 1, mai/jul, 1997.